Estamos acostumados a contar o tempo. A usar as ferramentas do relógio, do calendário, do despertador, da agenda… Estamos habituados a nos referir a um instante que passou, um que é e um por vir. E vamos dando nomes de passado, de presente, de futuro.
Hoje, a Fractal celebra seu tempo de existência. E toda reflexão sobre o tempo ganha uma natureza filosófica, afinal de contas o passado não necessariamente ficou pra trás e o futuro é uma firme certeza presente. A bem da verdade, o tempo é incerto, deve ser essa uma de suas maiores premissas. E a doce incerteza do tempo nos pede respeito e atenção, pois não há tempo sem alguém que o viva.
O tempo contado, em dias, horas, segundos ou anos, é contado por uma pessoa. Somente uma unidade humana é capaz de demarcar o tempo, e naturalmente de se reconhecer no ontem, no agora, no amanhã… Mas ele não enxerga O tempo quando olha por cima dos ombros ou se fixa fortemente no horizonte. Essa pessoa enxerga a si próprio, a unidade dessa pessoa é que constrói seu tempo, é que o vive. Portanto, sem maiores filosofias, queremos ao celebrar o tempo, celebrar fortemente aquele que vive esse tempo, essa pessoa que vai se colhendo, se rega e cresce.
Não há dúvidas de que é importante comemorar o tempo, pensando no que passou justamente para encontrar o porvir. E tal importância para nós ganha uma tonalidade única de reunião. De reunião daqueles que vivem conosco o tempo da existência. Porque no calendário, alguém pode ter estado conosco num período específico, mas no que nós chamamos de Fractal, essa pessoa – seja cliente, amigo, parceiro – permanece, é ela que constitui nossa força, ela não foi, ela é.
Portanto, nesse dia, comemoramos orgulhosamente todo mundo que se encontra reunido num banquete cada vez mais farto, uma reunião por vezes tímida, mas de vastidão incomensurável, pois a união de diversos infinitos que cada um é, cria uma imensidão que temos orgulho de carregar como um permanente presente.